Pequeno desabafo: Saudades da Infância (#BLOGMAS5)
Aproveitar o presente é o que nos permite viver. Mas ter o que relembrar, é o que nos dá motivos para tal...
Olá, olá, melancólicos entusiasmantes! Hoje venho buscar ao baú as belas recordações da minha infância e não podia, claro, deixar-vos de lado! Caso queiram viajar no tempo até 2010 fiquem por aqui e venham descobrir uma Desbookada um pouquinho diferente...
Eu tive sorte. Não apenas por ter tido uma infância sem dificuldades, mas porque acho que eu estava no limiar daquilo que foi revolucionar a infância de todas as outras crianças que vieram a seguir a mim!
Tenho o privilégio de dizer que a minha infância foi a melhor que podia ter tido. Na altura se calhar achava que não. Mas foi, sem dúvida, uma fase inesquecível da minha vida.
Até podia querer mudar alguma coisa. Talvez o facto de ter sido tão ingénua e uma romântica incurável...Mas não quero. Porque na altura eu era assim. Acreditava que eu era um anjo e que o mundo era o lugar mais espetacular e colorido de sempre...Aquele era o meu momento de brilhar, de brincar, de fazer tudo o que queria e de sorrir. Sorrir muito!
Ah e foi tão bom... Ninguém era cruel. Talvez um ou outro que queriam ficar com os nossos berlindes, mas de resto? Éramos todos umas flores!
Brincava às mamãs e aos papás, afinal. Como resistir àquelas fofuras? Fazíamos concertos (naquela altura eu poderia jurar que achava cantar bem (#iludidos4life😅)... Jogávamos ao elástico (quem era desta altura?) e competíamos no salto à corda! Trocávamos berlindes e cartas de jogar. Fingíamos de agentes secretos, de sereias, mosqueteiros, famosas, de TUDO! Podíamos ser o que quiséssemos, era só imaginar!
E inventávamos a nossa própria língua (que na altura dizíamos ser o inglês) e depois falávamos ao ouvido umas das outras para explicar o que tínhamos dito...
Havia uma parte da nossa escola (era muito pequena, tinha cerca de 80 alunos) que tinha árvores e nós fingíamos que era um café, então toda a gente ia lá e comprava o seu café que era literalmente uma folha de árvore com areia por cima, que era pago com pedrinhas!
Os rapazes eram outra história. Jogavam à bola e lembro-me de eu relatar os seus jogos (e lá vão os Escorpiões, e o Tomás chuta o Pedro recebe, intersetado pelo João e golo dos Tartarugas...GOLOOOOO!!!) Que tempos...
E agora, lamentavelmente, vejo o meu primo com a mesma idade que tinha na altura, obcecado pelas tecnologias e pelos bens materiais. Será que ele terá o que recordar, mais tarde? Será que ele é tão feliz como eu fui?
Talvez (muito provavelmente) estou a dramatizar e ele é uma criança tão ou mais feliz que eu, apenas através de diferentes meios.
Mas onde estão as recordações? Onde estão as histórias das quedas e dos risos, que mais tarde tirarão o silêncio de uma tarde entre velhos amigos? Onde está o sorrisinho tolinho na cara e o pensamento de que o dia que passou "foi incrível"?
A infância só acontece uma vez, apesar de ainda sermos todos umas crianças (com orgulho, no caso de alguns- NO MEU!!😜).
Mas preocupa-me. Preocupa-me que esta geração esteja a perder a essência da parte de ser criança. Eu precisava de tão pouco para ser feliz...E ainda preciso. Mas e eles? Onde estão eles? (Credo, Desbookada, drama de mais, drama de mais. Já chega.)
Bem, desculpem lá por isto, mas sabe tão bem poder recordar estes momentos e tê-los cientes na minha memória! É por isso que eu vivo. Por estas pequeninas joias que ainda cá estão. Para mais tarde poder olhar para trás e dizer que sim, valeu a pena.
E embora a minha infânica tenha sido magnífica, não voltaria atrás no tempo. Essa altura já passou e agora preciso de viver o "agora". O mundo está à minha espera e tenho momentos para marcar e histórias por criar. Este é o meu momento e eu vou arrasar! (Rimou, ahah)
Vêm comigo? Porque não? Que temos a perder? Bem me parecia...
Até algum dia, pequenina!
Até à próxima página,
Desbookada
Ah e foi tão bom... Ninguém era cruel. Talvez um ou outro que queriam ficar com os nossos berlindes, mas de resto? Éramos todos umas flores!
Brincava às mamãs e aos papás, afinal. Como resistir àquelas fofuras? Fazíamos concertos (naquela altura eu poderia jurar que achava cantar bem (#iludidos4life😅)... Jogávamos ao elástico (quem era desta altura?) e competíamos no salto à corda! Trocávamos berlindes e cartas de jogar. Fingíamos de agentes secretos, de sereias, mosqueteiros, famosas, de TUDO! Podíamos ser o que quiséssemos, era só imaginar!
E inventávamos a nossa própria língua (que na altura dizíamos ser o inglês) e depois falávamos ao ouvido umas das outras para explicar o que tínhamos dito...
Havia uma parte da nossa escola (era muito pequena, tinha cerca de 80 alunos) que tinha árvores e nós fingíamos que era um café, então toda a gente ia lá e comprava o seu café que era literalmente uma folha de árvore com areia por cima, que era pago com pedrinhas!
Os rapazes eram outra história. Jogavam à bola e lembro-me de eu relatar os seus jogos (e lá vão os Escorpiões, e o Tomás chuta o Pedro recebe, intersetado pelo João e golo dos Tartarugas...GOLOOOOO!!!) Que tempos...
E agora, lamentavelmente, vejo o meu primo com a mesma idade que tinha na altura, obcecado pelas tecnologias e pelos bens materiais. Será que ele terá o que recordar, mais tarde? Será que ele é tão feliz como eu fui?
Talvez (muito provavelmente) estou a dramatizar e ele é uma criança tão ou mais feliz que eu, apenas através de diferentes meios.
Mas onde estão as recordações? Onde estão as histórias das quedas e dos risos, que mais tarde tirarão o silêncio de uma tarde entre velhos amigos? Onde está o sorrisinho tolinho na cara e o pensamento de que o dia que passou "foi incrível"?
A infância só acontece uma vez, apesar de ainda sermos todos umas crianças (com orgulho, no caso de alguns- NO MEU!!😜).
Mas preocupa-me. Preocupa-me que esta geração esteja a perder a essência da parte de ser criança. Eu precisava de tão pouco para ser feliz...E ainda preciso. Mas e eles? Onde estão eles? (Credo, Desbookada, drama de mais, drama de mais. Já chega.)
Bem, desculpem lá por isto, mas sabe tão bem poder recordar estes momentos e tê-los cientes na minha memória! É por isso que eu vivo. Por estas pequeninas joias que ainda cá estão. Para mais tarde poder olhar para trás e dizer que sim, valeu a pena.
E embora a minha infânica tenha sido magnífica, não voltaria atrás no tempo. Essa altura já passou e agora preciso de viver o "agora". O mundo está à minha espera e tenho momentos para marcar e histórias por criar. Este é o meu momento e eu vou arrasar! (Rimou, ahah)
Vêm comigo? Porque não? Que temos a perder? Bem me parecia...
Até algum dia, pequenina!
Até à próxima página,
Desbookada

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