Pequeno desabafo: O mundo precisa de nós (#BLOGMAS1)

Oláa, Desbookados!! É com prazer que anuncio que entrámos na época natalícia aqui do blog!!! Yay!! 🎅🎄

E porque não trazer um desabafo, para vos fazer refletir acerca de tudo e de nada, assim bem para acabar o ano? Mesmo ao estilo da Desbookada. Vamos lá então...

Eu não sei quanto a vocês, mas eu encontro-me naquela fase das perguntas, da escuridão, dos medos e dos complexos, também conhecida como adolescência, essa maldita. E como tal, o meu olhar sobre o mundo nem sempre é dos melhores. É uma luta diária tentar ver o "bom" que há no mundo...

Cada vez tenho mais lúcida a realidade em que vivemos. Apesar de saber que isto ainda é o início.
Apercebo-me que as intenções das pessoas nem sempre são as melhores e que por sermos a espécie mais racional, acabamos por ser também, a que mais gera ódio.
E isso entristece-me. Entristecer é pouco. Isso arrasa comigo.

Matamo-nos uns aos outros.
Existem pessoas a morrer à fome enquanto durmo descansada na minha cama.
O dinheiro e o poder passaram a ser o essencial.
Já não comunicamos, apenas através de ecrãs.
Continuamos a destruir o nosso planeta.
É TANTO! E eu não quero viver assim. Eu não quero ter de explicar aos meus filhos, mais tarde, o mundo em que vivemos, porque eu tenho vergonha. Não do mundo, engano-me. Mas sim dos seres humanos. De todos nós.

E depois quero mudar tudo, e com isto não mudo nada. E só me resta gritar, chorar e rezar para que de repente todos nós acordemos e percebamos o que raio estamos a fazer...
E fico zangada com o mundo. Com todos. Comigo.

Mas depois o Sol nasce de novo e tudo muda.
Os problemas estão lá na mesma. A pobreza, a ganância, o ódio estão lá na mesma. Mas eu não consigo ficar irritada com o mundo. Porque há de haver (e há sempre) uma razão que me fará sorrir.
E esqueço tudo o que é "mau". E o mais importante no mundo passam a ser os meus livros, a minha família e o filme de sexta à noite que me faz dar enormes gargalhadas...

Não. Não estou a dizer que deixo de me preocupar com o planeta em que vivo. Pelo contrário: todos os dias me atormenta como será o amanhã.
Mas todos os dias chego a casa com um sorriso na cara. Pela mais simples coisa, mas o que conta é que o tenho. É para isso que eu cá estou. Para ver esse simples sorriso tanto na minha como na cara de todos os que me são queridos.

Em vez de me virar contra o mundo, eu tenho de ter esperança no mundo. Eu tenho de fazer a diferença. Todos nós temos. E de acreditar que sim, existem coisas boas porque lutar e porque sorrir. Todas as pessoas que criticamos por estarem a encher o mundo num "lugar pior", são aquelas pessoas que perderam a esperança. Que fecharam os braços ao mundo sendo que do que ele mais precisa é de ajuda.

O mundo somos nós, e isso, nós PODEMOS mudar.
Sei que é uma tarefa extremamente complicada encontrar o branco no preto, mas ele está lá. Só temos de viver dia após dia. Um dia de cada vez.

E talvez (muito provavelmente), daqui a uma semana, dois meses, cinco anos, a minha opinião vá ser diferente. Vou voltar a pensar e massacrar-me com toda a bagunça em que nós, seres humanos, nos estamos a tornar. Mas hoje não.
Hoje acredito que embora exista tanta coisa para alterar e melhorar, é o nosso MUNDO, é a nossa CASA, é a nossa VIDA.
Mas bem, quem sou eu, aqui? Apenas uma rapariga de 14 anos que não sabe para onde se virar e que acredita (muito raramente) que nada está perdido. Nem mesmo nós. Talvez.

Conto com todos vocês. Não precisamos de desistir do mundo. Não quando ele mais pede a nossa mão. Temos, sim, de nos unir. Porque juntos conseguimos...

Até à próxima página (mais brevemente do que pensam),

Desbookada