"2 Minutos de Vida Real" #5 - Dizer Não (#BLOGMAS7)

Queridos leitores, já que há muito que não vos trazia a nossa rubrica, porque não no início da semana?

E hoje o assunto é um dos assuntos mais importantes e dos que mais me fez crescer neste ano: "Dizer Não"!
Eu sei, eu sei, todos nós sabemos dizer que não. Mas será que na altura certa?

Eu era uma criança que só sabia dizer não à minha família e a assuntos muito básicos como comida, por exemplo. Quando, no dia a dia, me eram destinadas perguntas acerca da minha opinião ou da minha escolha, a resposta "sim" era a mais fácil, e portanto, a mais utilizada.

Deixava, portanto, que a minha vida fosse comandada por todos os outros que se encontravam ao meu redor. Não tinha influência nas minhas decisões, por mais simples que elas fossem, apenas com medo de usar a palavra "não". Com medo do quê? De que as pessoas ficassem chateadas? De que eu me viesse a arrepender?

Eu não sei porque o fazia, mas a verdade é que acontecia. E eu deixei continuar. Deixei, deixei, até bater no chão com a máxima força possível para ver se aprendia a conduzir a minha vida com base naquilo que eu queria e que me fazia sentir bem, de uma vez por todas. Era e é a minha vida que está em jogo. A de mais ninguém.

Nós nascemos com vários deveres. Mas também com direitos, e se não os pusermos em prática, só vai contribuir para a desvalorização destes. Estes, que precisaram de séculos para se fazerem ouvir e serem aceites. E agora que temos o simples direito de dar a nossa opinião, de tomar as nossas próprias decisões, porque não nos impomos? Por medo? Ridículo...

Mas eu sei bem o que isso é. Eu não conseguia dar a minha opinião. Não conseguia chamar a atenção quando algo estava mal. Não conseguia escolher o que queria, por saber que se o fizesse, ia contra o que outra pessoa achava ou tencionava. Mas a questão é que É A MINHA VIDA! Sou eu que acordo todos os dias na minha pele. Sou eu que vou lidar com as consequências depois. 

Claro que quando digo "não", não me refiro à palavra "não" em si. Mas ao que ela representa. Representa o contrário, a negação. Porque existem momentos em que não estamos de acordo com todos. E não temos de estar. Nós, como seres pensantes, temos o dom de ter os nossos próprios ideais. Mas isso não significa que sejam iguais aos das outras pessoas. 

A nossa vida é demasiado curta para andarmos preocupados com o que todos os outros pensam. Se não estás de acordo, levanta-te. Se tens uma opinião, informa. Mas não fiques calado. Darás por ti a viver uma vida que deixou de ser tua. 

Eu sei que um texto não muda nada. Sei que embora me dissessem há uns tempos atrás que estava incorreto o que eu andava a fazer, isso não adiantou de muito para que eu me apercebesse disso. Precisei de aprender por mim. Foi um processo. Como tudo nada vida. Mas porque não registá-lo, aqui, nos confins do Universo, uma vez que poderá ajudar alguma alminha caridosa que ande a deambular por aí?

Dou por terminado outro post! Com tanta coisa que vagueia pela minha cabeça, preciso de um sítio onde as depositar, e vocês servem de cobaias.
Espero que não se importem...😜
Até à próxima página,

Desbookada









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