Livro: "O Sol Também É Uma Estrela"
Meus leitores preferidos, que saudades de falar com vocês acerca dos meus preciosos livros. E para regresso aos nossos desabafos literários trago "O Sol Também É Uma Estrela".
Foi escrito por Nicola Yoon e assim que o encontrei pensei: "Este livro é para mim!". E como tenho um sexto sentido no que toca a livros, acertei. Este foi o meu livro.
Como não podia deixar de ser, temos dois adolescentes que se apaixonam. Mas têm apenas 1 dia para que isso aconteça.
Natasha, uma jamaicana imigrante ilegal nos EUA, está a horas de ser deportada de volta para a Jamaica junto com a sua família. E como isso mudará tudo, ela tenta de tudo para que se consiga evitar. E é com isso que conhece Daniel. Mas ela não quer conhecer Daniel. Não quer acreditar nos poemas e na esperança dele, nem derreter-se nos seus olhos claros e no seu cabelo comprido. Não quer entregar-se à magia que existe entre eles mas sim enterrar-se na ciência e em probabilidades. Tudo aquilo foram meras coincidências. Eles não estavam predestinados. As borboletas na barriga e os tremores são apenas reações químicas. Nada mais. Certo? 😕
Daniel, filho de coreanos tradicionais que impõe que este siga Medicina, sonha. Escreve. E sabe que eles foram feitos um para o outro. Como não, se tudo assim o indica? O motorista do metro, o casal na loja, o casaco dela, tudo isso fez com que ele a conhecesse, exatamente naquele dia, e se apaixonasse pela sua pele escura e o seu cabelo rebelde. Mas ela não concorda. Ela resiste. É impossível fazê-la apaixonar-se por ele, em menos de 24 horas, no dia em que ele tem a sua entrevista de admissão à faculdade, exceto que é possível. E tudo pode acontecer.
E tudo aconteceu.
A mãe de Daniel, numa das suas milhares conversas possíveis, convenceu-o a ir cortar o cabelo antes da entrevista, e ele escolheu um dos milhares cabeleireiros possíveis de Nova Iorque, e foi para lá numa das milhares linhas de metro possíveis , com um dos milhares motoristas possíveis que por sua vez discursou acerca da sua fé cristã e de sinais que fez com que mais tarde, Daniel seguisse a rapariga do casaco que soube ser o seu "sinal". E essa rapariga acabou por ser Natasha. E a partir daí não podiam evitar mais nada.
"Persegui-a" de uma maneira suave e quando se conheceram ele percebeu que aquilo era obra do Universo. Durou pouco tempo, apenas até perceber que Natasha não estava nem aí para ele, resultando com ele a desistir, e a obrigar-se a regressar ao mundo real. Mas outro acidente faz com que os dois se juntem de novo, minutos mais tarde, e aí ele soube, que a história entre eles os dois tinha acabado de começar...
E vão acabar por passar as restantes horas do seu dia juntos, partilhando (des)crenças, dúvidas, sonhos, estatísticas, e a vida um do outro, uma vez que nunca antes se tinham visto. Enquanto isto, Daniel tenta de tudo para que Natasha também seja alvo do cupido, embora ela negue com toda a força que aquilo será possível. Ninguém se pode apaixonar em horas. Natasha mantém-se determinadamente cética . Até porque Daniel não sabe acerca da deportação e de que aquele é o seu último dia nos EUA.
Natasha e Daniel depois de se conhecerem deixam de se lembrar de uma vida, outrora, onde não estavam juntos e deixam de se contentar com menos que isso...Mas será tão fácil assim?
Esta história de um dia na vida de dois jovens contém tanta ternura, dor, beijos demorados, toques propositados e olhares intensos...O ritmo é leve e cativante o que torna a leitura tão divertida.
Em alturas achei um pouco cliché, mas eu sou suspeita, por nunca me ter apaixonado de uma forma tão potente. Mas nesses momentos, aparecia Natasha e com o seu pessimismo contrastava com o romantismo de Daniel, e tornava tudo tão real e comovente.
Uma das características que mais se destaca no livro, é que a história não se passa apenas na perspetiva da Natasha e de Daniel, mas sim também nas de algumas personagens secundárias que vão aparecendo. Aparentemente não têm grande relevância na história, mas quando entramos nos seus pensamentos tornam-se cruciais.
O livro está maravilhoso. As personagens são notáveis, os diálogos são saborosos e a história está imprevisível e imperdível!
As duas personagens têm visões opostas acerca do amor, mas independentemente disso, não conseguem escapar a este, e dói. Dói sempre. Mas é único.
Identifiquei-me tanto com os dois que acredito que tenha criado amigos. Não esquecerei tão facilmente as aulas científicas de Natasha, nem as frases poéticas de Daniel. Até qualquer dia!
Espero que me oiçam e arrisquem passar algumas horas naquele dia onde tudo aconteceu, com aqueles que o fizeram acontecer. Eles merecem.
Outro livro da mesma escritora:
https://desbookada.blogspot.pt/2017/04/livro-tudo-tudoe-nos.html
Boas leituras!
Até à próxima página,
Desbookada
Daniel: "Os corações não se partem.
Os poetas é que dizem que sim.
Os corações não são
De vidro
Nem de osso
Nem de nenhum material
Que lasque,
Que fragmente,
Que quebre.
Não se partem
Aos bocados.
Não se despedaçam.
Os corações não se partem
Apenas deixam de funcionar.
Velho relógio de outrora e não há peças para o arranjar."
Foi escrito por Nicola Yoon e assim que o encontrei pensei: "Este livro é para mim!". E como tenho um sexto sentido no que toca a livros, acertei. Este foi o meu livro.
Como não podia deixar de ser, temos dois adolescentes que se apaixonam. Mas têm apenas 1 dia para que isso aconteça.
Natasha, uma jamaicana imigrante ilegal nos EUA, está a horas de ser deportada de volta para a Jamaica junto com a sua família. E como isso mudará tudo, ela tenta de tudo para que se consiga evitar. E é com isso que conhece Daniel. Mas ela não quer conhecer Daniel. Não quer acreditar nos poemas e na esperança dele, nem derreter-se nos seus olhos claros e no seu cabelo comprido. Não quer entregar-se à magia que existe entre eles mas sim enterrar-se na ciência e em probabilidades. Tudo aquilo foram meras coincidências. Eles não estavam predestinados. As borboletas na barriga e os tremores são apenas reações químicas. Nada mais. Certo? 😕
Daniel, filho de coreanos tradicionais que impõe que este siga Medicina, sonha. Escreve. E sabe que eles foram feitos um para o outro. Como não, se tudo assim o indica? O motorista do metro, o casal na loja, o casaco dela, tudo isso fez com que ele a conhecesse, exatamente naquele dia, e se apaixonasse pela sua pele escura e o seu cabelo rebelde. Mas ela não concorda. Ela resiste. É impossível fazê-la apaixonar-se por ele, em menos de 24 horas, no dia em que ele tem a sua entrevista de admissão à faculdade, exceto que é possível. E tudo pode acontecer.
E tudo aconteceu.
A mãe de Daniel, numa das suas milhares conversas possíveis, convenceu-o a ir cortar o cabelo antes da entrevista, e ele escolheu um dos milhares cabeleireiros possíveis de Nova Iorque, e foi para lá numa das milhares linhas de metro possíveis , com um dos milhares motoristas possíveis que por sua vez discursou acerca da sua fé cristã e de sinais que fez com que mais tarde, Daniel seguisse a rapariga do casaco que soube ser o seu "sinal". E essa rapariga acabou por ser Natasha. E a partir daí não podiam evitar mais nada.
"Persegui-a" de uma maneira suave e quando se conheceram ele percebeu que aquilo era obra do Universo. Durou pouco tempo, apenas até perceber que Natasha não estava nem aí para ele, resultando com ele a desistir, e a obrigar-se a regressar ao mundo real. Mas outro acidente faz com que os dois se juntem de novo, minutos mais tarde, e aí ele soube, que a história entre eles os dois tinha acabado de começar...
E vão acabar por passar as restantes horas do seu dia juntos, partilhando (des)crenças, dúvidas, sonhos, estatísticas, e a vida um do outro, uma vez que nunca antes se tinham visto. Enquanto isto, Daniel tenta de tudo para que Natasha também seja alvo do cupido, embora ela negue com toda a força que aquilo será possível. Ninguém se pode apaixonar em horas. Natasha mantém-se determinadamente cética . Até porque Daniel não sabe acerca da deportação e de que aquele é o seu último dia nos EUA.
Natasha e Daniel depois de se conhecerem deixam de se lembrar de uma vida, outrora, onde não estavam juntos e deixam de se contentar com menos que isso...Mas será tão fácil assim?
Esta história de um dia na vida de dois jovens contém tanta ternura, dor, beijos demorados, toques propositados e olhares intensos...O ritmo é leve e cativante o que torna a leitura tão divertida.
Em alturas achei um pouco cliché, mas eu sou suspeita, por nunca me ter apaixonado de uma forma tão potente. Mas nesses momentos, aparecia Natasha e com o seu pessimismo contrastava com o romantismo de Daniel, e tornava tudo tão real e comovente.
Uma das características que mais se destaca no livro, é que a história não se passa apenas na perspetiva da Natasha e de Daniel, mas sim também nas de algumas personagens secundárias que vão aparecendo. Aparentemente não têm grande relevância na história, mas quando entramos nos seus pensamentos tornam-se cruciais.
O livro está maravilhoso. As personagens são notáveis, os diálogos são saborosos e a história está imprevisível e imperdível!
As duas personagens têm visões opostas acerca do amor, mas independentemente disso, não conseguem escapar a este, e dói. Dói sempre. Mas é único.
Identifiquei-me tanto com os dois que acredito que tenha criado amigos. Não esquecerei tão facilmente as aulas científicas de Natasha, nem as frases poéticas de Daniel. Até qualquer dia!
Espero que me oiçam e arrisquem passar algumas horas naquele dia onde tudo aconteceu, com aqueles que o fizeram acontecer. Eles merecem.
Outro livro da mesma escritora:
https://desbookada.blogspot.pt/2017/04/livro-tudo-tudoe-nos.html
Boas leituras!
Até à próxima página,
Desbookada
Daniel: "Os corações não se partem.
Os poetas é que dizem que sim.
Os corações não são
De vidro
Nem de osso
Nem de nenhum material
Que lasque,
Que fragmente,
Que quebre.
Não se partem
Aos bocados.
Não se despedaçam.
Os corações não se partem
Apenas deixam de funcionar.
Velho relógio de outrora e não há peças para o arranjar."

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