Livro: "13 Envelopes Azuis"
Olá, olá, contempladores de estantes de livros. Pelo meu aniversário recebi alguns livros (YAAAS) então tenho livros para uma boa dose de meses, daqui em diante.
Teve romance (tinha de ter 😄), dormitórios, buscas por cafés perdidos, falhas de localização e de comunicação, karaoke e muito mais...Foi bom acompanhar Ginny no que parecendo ter sido uma singela viagem, foi A viagem.
O primeiro pelo qual me arrisquei foi "13 Envelopes Azuis" de Maureen Johnson, e eu não sei bem como descrever este livro, mas vamos pelo princípio...
Uma das inspirações na vida de Ginny, era a sua tia, Peg, uma artista e amante de aventuras, que decidiu, de um momento para o outro, partir para onde os ventos a levassem...Mas ninguém soube para onde se encaminharam esses ventos, mas Peg, de vez em quando, dava sinais de vida, com alguns postais. Mas nem tudo corre sempre bem, e a "maior aventura da sua vida" foi também a derradeira.
Ok, tudo bem. Aos poucos, essa verdade foi sendo digerida... Mas logo quando as coisas estavam a voltar ao normal, Ginny recebe um pacote com 13 envelopes, enviados pela TIA. No envelope nº 1, com um bilhete de avião anexado, Ginny é desafiada a apanhar um voo para Inglaterra, apenas com uma mala, sem guias, ajudas, dinheiro, telemóvel, máquinas, NADA! Ela simplesmente teria de confiar. Esses 13 envelopes tinham de ser abertos à medida que ela ia completando pequenas missões que a tia lhe propunha. Mas há um pormenor. Ginny tem 17 anos e é muito tímida.
O que me cativou desde o início ao fim foi a ânsia de virar a página. A curiosidade para saber o que continha o próximo envelope, as aventuras que Ginny passaria no próximo país. Mas para ser honesta, a escrita dificultou um pouco as coisas. Muitas partes foram irrelevantes e às vezes perdia-me por entre páginas. Acho que também fui criando expectativas ao longo do livro, que acabaram por ser rebatidas por um rumo diferente escolhido pela autora.
Ginny não estava a aproveitar esta aventura como devia, o que acabou por desanimar-me, que esperava por gargalhadas inesperadas e suspiros sonhadores. Mas eu estava a querer focar-me noutra história. Numa história a que faltava um elemento: realidade.
Claro que Ginny não ia embrulhar-se em ruas incógnitas e parar para observar as árvores, quando se encontrava a meio mundo de distância de tudo o que conhecia: os EUA.
E talvez por supor tanto, não soube apreciar a simplicidade que o livro pediu. Nem todas as histórias precisam de um reflexão extensiva de 3 meses e de nos revolver as entranhas a 180º. Às vezes é só uma história bonita. A história de alguém, que não a nossa, que precisava de ser lida.
Teve romance (tinha de ter 😄), dormitórios, buscas por cafés perdidos, falhas de localização e de comunicação, karaoke e muito mais...Foi bom acompanhar Ginny no que parecendo ter sido uma singela viagem, foi A viagem.
Não foi o que esperei. Mas isso não é necessariamente mau. Foi diferente. Foi bom.
Até à próxima página,
Desbookada

Comentários
Enviar um comentário