Livro: "Eu Dou-te O Sol"

O livro deu-me Sol. E eu iluminei-me.
Olá, devoradores de páginas, hoje venho possivelmente mudar a vossa vida. Mudar não sei, mas algo aconteceu. Há quem chame magia e também já ouvi de loucura. Chamem o que quiserem, mas aconteceu. E wow...

Sabem aquelas frases sobre duas metades que vagueiam pelo mundo desesperadas por se encontrarem? Noah e Jude não precisaram de muita procura, uma vez que desde a partilha de útero que estão juntos (há 13 anos), completando-se. Isso também implica que sejam o oposto um do outro.

Noah é o rapaz reservado, que sente com todo o seu ser e que torna belo e poético tudo à sua volta através do desenho. É atraído pela diferença, pelos animais e por rapazes.

Jude é a que não passa despercebida a ninguém, com os seus quilómetros de cabelo dourado, que recorre exclusivamente a comportamentos mundanos que sejam aceites pela sociedade, acreditando que ser adorada é algo garantido e obrigatório.

A mãe deles é o Sol. Encoraja o amor de ambos pela arte e é a cola para as duas metades. E sem cola, as coisas mudam.

E mudaram.

3 anos depois, não só se descolaram, como se transformaram um no outro.

Noah atira-se de penhascos e o tempo que dantes era dedicado à imensidão de linhas e cores, é agora utilizado para se divertir com amigos. Os seus desenhos foram todos rasgados. Só sobraram raiva e tristeza.

Jude veste-se com roupas de rapaz para não chamar a atenção e evita qualquer contacto com os seres humanos, uma vez que a sua única amiga é a avó que morreu, anos antes, mas que ainda lhe aparece como fantasma e com vestidos espampanantes e que durante a vida passou a Jude milhares de conselhos supersticiosos, que ela ainda segue religiosamente.

Mas quando Jude decide mudar o rumo da sua vida, os seus caminhos são cruzados com os de Guillermo Garcia, antigo escultor, que foi enegrecido e desconcertado pela vida, e que agora envelhecido, se refugia em sua casa, com as suas esculturas gigantes e um coração despedaçado. 

Sabem lá eles que as suas vidas se conectam de um forma muito mais profunda e sincera do que eles possam imaginar, e que essa descoberta poderá mudar tanta coisa...

No processo de mudança, também será confrontada por amor, de que ela tenta tanto fugir, por verdades que permaneceram enterradas há demasiado tempo e por sentimentos que ela pensou nunca mais voltar a sentir...E terá de aprender a perdoar, principalmente a si mesma.

Ainda não sei entender porque me identifiquei tanto com este livro, com a escrita, as personagens, a intensidade e a delicadeza, que se conjugaram de um modo perfeito e que fizeram com que a leitura fosse genuinamente extraordinária. 

É uma história cheia de emoção, de amizade, de cores, de honestidade e com a capacidade de nos amarrotar o coração, que sem defesas, entregamos de bom grado. 

Para quem quer um bocadinho de sol, de chuva, de VIDA, só têm de abrir as primeiras páginas, pois é amor às primeiras palavras.

(Poderia colocar aqui as montes de frases maravilhosas que nos são presenteadas pelo livro, mas estava tão "dentro" do livro que nem me lembrei de marcá-las. O livro todo é uma frase. Fiquem com ela.)

Têm de lê-lo. Simples. E tão complicado ao mesmo tempo...
Até à próxima página,

Desbookada

P.S- FIZEMOS 2 ANOS DE BLOG! Muito obrigada por tudo! <3 




Comentários

  1. Enquanto houver livros a fazer-nos sentir assim, vale a pena virar a página :)
    Abriste mesmo o apetite para esta leitura! É bem possível que tenha sido o meu post favorito aqui no teu blog, pelo menos daqueles em que te babas a falar de livros.
    E claro... PARABÉNS PELOS 2 ANOS DE DESBOOKADA! Que venham muitos mais, porque vou estar aqui para acompanhá-los.

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  2. EU ACHO O TITULO MUITO APELADOR Á VIOLENCIA,E OUTRA COISA É O FACTO DE NAO POSTARES NADA Á MAIS DE UM MES ISTO É UMA VERGONHA UMA VERGONHA

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