dois mil e dezanove sentimentos
Falta uma hora para que seja disparado fogo de artifício nalguma percentagem do nosso planeta.
Começa um novo ano. Conceito inventado por nós. Afinal, o que é o tempo se não uma ilusão e um indicador?
E tenho a dizer que este conceito de três letras foi o mais confuso até à data.
Isso não é necessariamente mau. Mas por acaso foi.
No entanto, se um ano tivesse sido definido como uma década, em vez de por 365 dias: WOW! Que ano...
E cada vez mais começo a achar que celebrar a passagem de algo que na realidade não existe, é ligeiramente estúpido.
Por mais metas que façamos, por mais champanhe que bebamos, é inevitável existirem coisas que não controlamos.
Mas o ser humano odeia não ter controlo sobre o universo inteiro. Então criamos o tempo, o calendário e damos por nós a gritar um gigante "toma lá" ao resto das galáxias, como se fôssemos os seres mais poderosos existentes de seja lá o que exista para além das estrelas...
Mas não somos. E não controlamos os acontecimentos aleatórios ou premeditados que a vida tem para nos oferecer.
Mas hoje, sozinha, sentada no meu sofá à espera de saltar dele, quando tocar a 12ª badalada (para não quebrar a maravilhosa tradição), permitindo-me ser poética e entregar algum significado àquilo que me rodeia, pergunto: E se a nossa ânsia de controlar o mundo transcende a ambição desmedida e não passa de esperança?
Esperança de que o universo decida aleatoriamente abençoar-nos? Esperança de que as coisas que não controlamos não nos afetem tanto?
Esperança de que quando entrarmos numa nova década as coisas melhorem?
Se calhar somos uns parvos e o universo está a rir-se da nossa cara enquanto nos vê abraçar estranhos nesta noite que contém as mesmas estrelas que a noite de ontem...
Se calhar sim.
Mas pode ser, que mais que parvos e gananciosos, queiramos ser esperançosos?
Porque, sem dúvida, que mais poderosos que nós mesmos é a esperança.
E por isso vou comer as 12 passas que me vão fazer caretas esquisitas. E vou olhar para o céu e pedir o mesmo desejo que tenho vindo a pedir nestes últimos conceitos.
E vou ter coragem e ter esperança que o próximo ano seja menos confuso.
Cheira-me que não vai ser. Mas, espero eu, estar cá para o ano para vos dizer.
Até para o ano, almas irremediáveis.
Que o universo capte o vosso brilho. E que este ano seja infinitamente incrível.
Desbookada
Começa um novo ano. Conceito inventado por nós. Afinal, o que é o tempo se não uma ilusão e um indicador?
E tenho a dizer que este conceito de três letras foi o mais confuso até à data.
Isso não é necessariamente mau. Mas por acaso foi.
No entanto, se um ano tivesse sido definido como uma década, em vez de por 365 dias: WOW! Que ano...
E cada vez mais começo a achar que celebrar a passagem de algo que na realidade não existe, é ligeiramente estúpido.
Por mais metas que façamos, por mais champanhe que bebamos, é inevitável existirem coisas que não controlamos.
Mas o ser humano odeia não ter controlo sobre o universo inteiro. Então criamos o tempo, o calendário e damos por nós a gritar um gigante "toma lá" ao resto das galáxias, como se fôssemos os seres mais poderosos existentes de seja lá o que exista para além das estrelas...
Mas não somos. E não controlamos os acontecimentos aleatórios ou premeditados que a vida tem para nos oferecer.
Mas hoje, sozinha, sentada no meu sofá à espera de saltar dele, quando tocar a 12ª badalada (para não quebrar a maravilhosa tradição), permitindo-me ser poética e entregar algum significado àquilo que me rodeia, pergunto: E se a nossa ânsia de controlar o mundo transcende a ambição desmedida e não passa de esperança?
Esperança de que o universo decida aleatoriamente abençoar-nos? Esperança de que as coisas que não controlamos não nos afetem tanto?
Esperança de que quando entrarmos numa nova década as coisas melhorem?
Se calhar somos uns parvos e o universo está a rir-se da nossa cara enquanto nos vê abraçar estranhos nesta noite que contém as mesmas estrelas que a noite de ontem...
Se calhar sim.
Mas pode ser, que mais que parvos e gananciosos, queiramos ser esperançosos?
Porque, sem dúvida, que mais poderosos que nós mesmos é a esperança.
E por isso vou comer as 12 passas que me vão fazer caretas esquisitas. E vou olhar para o céu e pedir o mesmo desejo que tenho vindo a pedir nestes últimos conceitos.
E vou ter coragem e ter esperança que o próximo ano seja menos confuso.
Cheira-me que não vai ser. Mas, espero eu, estar cá para o ano para vos dizer.
Até para o ano, almas irremediáveis.
Que o universo capte o vosso brilho. E que este ano seja infinitamente incrível.
Desbookada

Como assim não gostas de passas?!
ResponderEliminarPS: Já paraste para pensar que acabou de começar a década em que nos vamos tornar "adultas"? Provavelmente, sou uma control-freak, mas foi a melhor passagem de ano da minha vida, porque - e estou a falar tão a sério - estou cheia de esperanças. E que se lixe - se nos desiludirmos, aguentamos. Viver desiludido é mais difícil.
Obrigada por brilhares no meu mundo. E agradeço-te tanto que vou ser presunçosa ao ponto de dizer que o universo TEM de te fazer feliz. Se não fizer... fazes tu!