O amor por entre as estrelas.
Ya, ya, este título...Enfim!
Ora um BOM ANO!!Já se torna um hábito que o primeiro post de cada ano esteja demasiado atrasado, mas eu acabo sempre por voltar. E venho falar de nós. E de estrelas. Do universo. De amor.
Primeiro começo por vos declarar que sou uma apaixonada. Por tudo. E tenho uma admiração que me transcende por tudo aquilo que não entendo, até mesmo Química. E não entendo o universo. Não o conheço. É algo tão impalpável (?) e tão desconhecido, que só me resta contemplá-lo e imaginar o que ultrapassará a barreira do que é familiar.
Não consigo, como ninguém consegue, deixar de me questionar como tudo começou. E como. Ai, e como...Como foi tudo concebido de modo tão perfeito, tão único, tão propositado? Como estamos todos confinados a um globo que tem as condições essenciais para que vivamos? E como esse globo é uma ÍNFIMA parte de algo tão mais extenso, tão mais misterioso, tão mais infinito, que é o universo. Porquê? O que aconteceu? E deixo de parte a ciência e a religião e concentro-me apenas no milagre e na loucura que isso é.
E com esta perceção de imensidão, vem a assimilação de que nós, seres humanos, somos insignificantes. Nós não somos nada em comparação com aquilo que nos rodeia, que excede o nosso alcance. Somos pura matéria. Somos um acumular de átomos que por acaso se decidiu juntar. Somos uma espécie tão volátil como qualquer outra. Nós vimos. E nós vamos. É a nossa única certeza.
E o que são 80 anos no meio de 14 mil milhões? O que somos nós?
Caramba, o que somos nós? E é aí que quero chegar.
Somos amor.
Podemos estar reduzidos na escala. Podemos não fazer a mínima donde estamos. Podemos mesmo não saber sequer o que estamos aqui a fazer. Mas nós somos amor. E isso transforma tudo.
Porque passámos a sentir. Passámos a amar. De repente, o que nos ligava não era somente uma cadeia alimentar. Era amor. Algo tão incompreensível, tão louco, tão mágico, como o universo em si. Passámos a ser tudo. O amor tornou-nos grandiosos. O amor tornou-nos intemporais.
O amor é tão poderoso como o que criou as estrelas. O amor é tão impactante como um meteorito. O amor não necessita de conhecer distâncias ou idades. O amor existe. Ponto. Não sabemos de onde veio. Não sabemos porque nos nasce no peito e nos desmonta. Não sabemos porque nos volta a montar aos bocadinhos.
No meio da nossa insignificância encontrámos o que nos dá propósito. As pessoas passaram a valer para nós tanto como Saturno. Dedicamos-lhes as nossas vidas. Sem elas o universo deixa de ter importância. Todo ele. Mesmo que ele tenha um tamanho incalculável. E mesmo que nele existam mais seres do que os que pensamos existir. O amor torna isso insignificante. E torna-nos algo que nunca conseguirá ser quantificado, medido ou explicado (saiam cientistas, criadores de teorias enfatizadas).
Como é que não é a melhor coisa do mundo? Como é que abraçar a minha mãe não faz a minha insignificante vida valer a pena? Como é que a única coisa que me importa não é se o meu pai chegou vivo a casa? Como é que algo que não vemos nem na qual podemos tocar, nos retira a vontade de viver? Neste universo tão grande, tão maravilhoso e tão inigualável?
Eu nada sei. Só que o amor é lixado. E lixa-nos a todos. Felizmente.
Que amem com o vosso ser. E que sejam amados com a força da gravidade. Sempre.
Até à próxima página,
Desbookada
Ora um BOM ANO!!Já se torna um hábito que o primeiro post de cada ano esteja demasiado atrasado, mas eu acabo sempre por voltar. E venho falar de nós. E de estrelas. Do universo. De amor.
Primeiro começo por vos declarar que sou uma apaixonada. Por tudo. E tenho uma admiração que me transcende por tudo aquilo que não entendo, até mesmo Química. E não entendo o universo. Não o conheço. É algo tão impalpável (?) e tão desconhecido, que só me resta contemplá-lo e imaginar o que ultrapassará a barreira do que é familiar.
Não consigo, como ninguém consegue, deixar de me questionar como tudo começou. E como. Ai, e como...Como foi tudo concebido de modo tão perfeito, tão único, tão propositado? Como estamos todos confinados a um globo que tem as condições essenciais para que vivamos? E como esse globo é uma ÍNFIMA parte de algo tão mais extenso, tão mais misterioso, tão mais infinito, que é o universo. Porquê? O que aconteceu? E deixo de parte a ciência e a religião e concentro-me apenas no milagre e na loucura que isso é.
E com esta perceção de imensidão, vem a assimilação de que nós, seres humanos, somos insignificantes. Nós não somos nada em comparação com aquilo que nos rodeia, que excede o nosso alcance. Somos pura matéria. Somos um acumular de átomos que por acaso se decidiu juntar. Somos uma espécie tão volátil como qualquer outra. Nós vimos. E nós vamos. É a nossa única certeza.
E o que são 80 anos no meio de 14 mil milhões? O que somos nós?
Caramba, o que somos nós? E é aí que quero chegar.
Somos amor.
Podemos estar reduzidos na escala. Podemos não fazer a mínima donde estamos. Podemos mesmo não saber sequer o que estamos aqui a fazer. Mas nós somos amor. E isso transforma tudo.
Porque passámos a sentir. Passámos a amar. De repente, o que nos ligava não era somente uma cadeia alimentar. Era amor. Algo tão incompreensível, tão louco, tão mágico, como o universo em si. Passámos a ser tudo. O amor tornou-nos grandiosos. O amor tornou-nos intemporais.
O amor é tão poderoso como o que criou as estrelas. O amor é tão impactante como um meteorito. O amor não necessita de conhecer distâncias ou idades. O amor existe. Ponto. Não sabemos de onde veio. Não sabemos porque nos nasce no peito e nos desmonta. Não sabemos porque nos volta a montar aos bocadinhos.
No meio da nossa insignificância encontrámos o que nos dá propósito. As pessoas passaram a valer para nós tanto como Saturno. Dedicamos-lhes as nossas vidas. Sem elas o universo deixa de ter importância. Todo ele. Mesmo que ele tenha um tamanho incalculável. E mesmo que nele existam mais seres do que os que pensamos existir. O amor torna isso insignificante. E torna-nos algo que nunca conseguirá ser quantificado, medido ou explicado (saiam cientistas, criadores de teorias enfatizadas).
Como é que não é a melhor coisa do mundo? Como é que abraçar a minha mãe não faz a minha insignificante vida valer a pena? Como é que a única coisa que me importa não é se o meu pai chegou vivo a casa? Como é que algo que não vemos nem na qual podemos tocar, nos retira a vontade de viver? Neste universo tão grande, tão maravilhoso e tão inigualável?
Eu nada sei. Só que o amor é lixado. E lixa-nos a todos. Felizmente.
Que amem com o vosso ser. E que sejam amados com a força da gravidade. Sempre.
Até à próxima página,
Desbookada

Aqui há dias, dei comigo a olhar para a parede durante para aí meia hora. Não estou sequer a exagerar. E sabes porquê, Desbookada? Porque, de repente, fui atingida por uma verdade um bocado lixada: tudo aquilo que existe, o que conhecemos e o que não conhecemos, não passa de uma geringonça de matéria e de energia em constantes e loucas interações.
ResponderEliminarNão estou com isto, pois claro, a denegrir as aulas de Biologia e de Química a que tu e eu assistimos diariamente, porque acredito mesmo que existe algo de profundamente fantástico no facto de podermos traduzir o universo para nós próprios através de algo habitualmente designado "ciência". Se assim é, então porque me sinto tão estranha quando percebo que tudo - e refiro-me a TUDO - realmente não passa desse grande esquema de reações químicas e leis físicas? E mais estranha ainda me sinto quando me apercebo de que cada vez mais me afasto da rapariga que, há uns anos, escrevia sobre o amor e os sonhos (e acreditava mesmo nos dois!), sendo lentamente substituída por uma mulher realista e cética, que olha para o mundo como ele realmente é. É que percebi que é tão fácil viver quando aquilo que vai para além do estritamente físico é dado como supérfluo...
Mas será que isso está certo? Será que não me estou a tornar mais uma ovelha num mar de ovelhas programadas para acreditar naquilo que lhes é dito? Porque devo tomar a ciência e os factos como algo absoluto e incontestável? Perguntas, perguntas, perguntas...
Eu ainda não sei, Desbookada. E talvez tu também não. Mas obrigada por teres falado. Porque às vezes preciso mesmo de saber que há nas palavras de alguém aquilo que é exatamente o que eu penso.