The Script: O Concerto

Desde pequena que sonhava com esse dia. Com o dia em que os veria, ao pé de mim, a cantar todas as músicas que durante anos me fizeram ficar sem voz e com o coração vulnerável.

Lembro-me de falar com a minha melhor amiga e de prometermos, que acontecesse o que acontecesse, teríamos, obrigatoriamente, de ir a um concerto deles. Juntas. Sozinhas.

Porque não poderia ser de outra maneira. Não pôde ser de outra maneira.

Aquela noite superou tudo. Todos os sonhos, todas as expetativas...E não sei se dá para descrevê-la.

E enquanto escrevo este post e ouço as músicas deles, só me consigo lembrar do meu sorriso. Dos nossos sorrisos. De todas as pessoas que se encontravam dentro do Altice Arena, a cantar a pulmões cheios, e a vibrar com a música que unia todos aqueles milhares de pessoas. 

Eles deram tanto de si! E não havia como ficarmos cansadas. Mesmo a dançar apertados uns contra os outros, na plateia, não dava, porque cada segundo estava a ser único. Não havia tempo para fotos, nem para mensagens. Aquele estava a ser O MOMENTO. O momento das nossas vidas. 

Naquele momento mais nada importava, mais nada importou. Éramos nós e eles. Eles e nós.

Houve uma parte em que eles pediram para colocarmos os nossos braços nas costas das pessoas ao nosso lado e saltarmos de uma lado para o outro. E eu abracei uma estranha. E soube tão bem. Porque ela estava a sentir tanto quanto eu. Ali não havia partidos, diferenças. Éramos uma união, éramos música.

Fosse qual fosse a música, sabendo eu ou não a letra, eu cantei, eu inventei, porque eu estava VIVA e podia fazer qualquer coisa.

E sempre que cantavam músicas antigas, aquelas que marcaram a minha infância, eu fechava os olhos e agradecia. Tanto. Porque eu estava ali. EU ESTAVA ALI!  Deus, soube tão bem...

Um dos momentos mais especiais foi quando começaram a cantar For The First Time que deve ter sido a primeira música que ouvi deles. E olhei para a minha melhor amiga ao mesmo tempo que ela olhou para mim. Aquela era a nossa música. 

E abraçámo-nos. Enquanto nos entregávamos e deixávamos que os nossos poros absorvessem tudo aquilo que estava a acontecer. Sentia uma paz interior em junção a uma euforia descontrolada que me fez tão feliz. Genuinamente feliz com aquele sorriso bobo e contagiante... Como é que apenas frases soltas e misturadas nos suscitam tantos sentimentos ao mesmo tempo?

Quando cantaram If You Ever Come Back, as lágrimas vieram-me aos olhos. E eu soube, que jamais esqueceria essa noite. 

E depois eles quiseram ir embora. Mas não podiam. Eles não podiam. Porque aquilo não sabia a terminado. Não era a hora. Então chamámo-los todos. Juntos. Milhares de pessoas em sintonia. E eles voltaram. Porque faltava uma. Breakeaven. 

E eles cantaram. E eu fechei os olhos. E gritei. Gritei tanto. E enquanto me perdia no mundo onde só a música me conseguia envolver, virei-me para trás e encontrei um rapaz a cantar com a mesmo garra e paixão. Virámo-nos um para o outro e em conjunto, rendemo-nos à canção como se não houvesse amanhã.

Quando se despediram de nós, NÃO senti uma dor no peito, por querer que continuassem a cantar. Senti-me realizada. Tão realizada.

Não mudaria nada. Foi assim...E não poderia ter sido melhor.

Olá, amantes de rock, tudo bem? No dia 23 de março de 2018 assisti a um concerto dos The Script, a minha banda preferida, e foi a melhor noite da minha vida.

Obrigada.

Até à próxima página,

Desbookada

"When you've been fighting for it all your life, you've been struggling to make things right, that's how a superhero learns to fly"

"What am I supposed to do when the best part of me was always you?"

"How can I move on, when I'm still in love with you?"